sábado, 20 de junho de 2009

UM POUCO SOBRE ANÍSIO TEIXEIRA

Segundo Anísio, a escola é local propício para a construção desta consciência social. Nela o indivíduo adquire valores; nela há condições para formar o ser social. “Como a escola visa formar o homem para o modo de vida democrático, toda ela deve procurar, desde o início, mostrar que o indivíduo, em si e por si, é somente necessidades e impotências; que só existe em função dos outros e por causa dos outros; que a sua ação é sempre uma trans-ação com as coisas e pessoas e que saber é um conjunto de conceitos e operações destinados a atender àquelas necessidades, pela manipulação acertada e adequada das coisas e pela cooperação com os outros no trabalho que, hoje é sempre de grupo, cada um dependendo de todos e todos dependendo de cada um” (TEIXEIRA, 1956, p. 10) . A escola deve ser agente da contínua transformação e reconstrução social, colaboradora da constante reflexão e revisão social frente à dinâmica e mobilidade de uma sociedade democrática: “o conceito social de educação significa que, cuide a escola de interesses vocacionais ou interesses especiais de qualquer sorte, ela não será educativa se não utilizar esses interesses como meios para a participação em todos os interesses da sociedade... Cultura ou utilitarismo serão ideais educativos quando constituírem processo para uma plena e generosa participação na vida social” (TEIXEIRA, 1930b, p. 88-89) .

Seja como pensador crítico, como professor ou como homem público a serviço da educação Anísio Teixeira deu importante contribuição ao campo da educação no Brasil. Sua luta pela reconstrução da educação nacional, tendo como referência a democracia e a ciência, não pode ficar esquecida sob a justificativa de sua vinculação à filosofia pragmatista norte-americana.

domingo, 14 de junho de 2009

Para Refletir:

Estar vivo é estar em conflito permanente,
produzindo dúvidas, certezas questionáveis.
Estar vivo é assumir a Educação do sonho do cotidiano.
Para permanecer vivo, educando a paixão,
desejos de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem.

Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em construir o novo.
Medo e coragem em assumir a educação deste drama, cujos personagens
são nossos desejos de vida e morte.

Educar a paixão (de vida e morte) é lidar com esses dois ingredientes, cotidianamente,
através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais,
outros menos, em outros anestesiada) e desejar, sonhar, imaginar, criar.

Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos, na busca permanente
da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa,
da felicidade a que todos temos direito.
Este é o drama de permanecermos vivos... fazendo Educação.

Madalena Freire

terça-feira, 9 de junho de 2009

Transformar Informação em Conhecimento

Se imaginarmos como um estudante adquiria informação e cultura na década de 1950, com certeza conseguiremos imaginar o porquê do desenho clássico de uma sala de aula, com o professor na frente da sala, sendo o "ator" principal do cenário, bem como a principal fonte de informação.
Agora, imaginemos o dia-a-dia de um estudante nos tempos atuais. Televisão, rádio,, revistas, livros, o vasto mundo virtual da internet...
A alfabetização clássica, onde se "juntava" as letras, com uma contínua "decoreba", deu lugar ao "aprender a aprender" , onde o aluno é um participante ativo, cheio de idéias, opiniões e informações...significando na prática, lançar colete salva-vidas para que o estudante não naufrague no mar de informações. Ensiná-lo a nadar, significa ensiná-lo a ler, interpretar e mesmo produzir comunicação,mas com conhecimento crítico. O desafio agora é transformar a informação em conhecimento onde alunos e professores são responsáveis por uma educação cada vez mais de qualidade.